quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Solzinho de quinta


Fim de tarde, parece bossa nova, uma nova música que a gente cria com o sol levinho..

Desce a cadeira e o ventinho bom, que aquece e esfria, deliciosamente.
Delicioso. Sol queimando devagarinho, andando pela rua a gente quer cultura e sol quentinho pra ler um livro na grama.. no jardim.
Me lembra a bossa, que falava de mansinho, no banquinho com o livrinho apoiadinho do colinho.
Fala de vagar igual Vinícios, na escadaria, nem é do Rio, nem é de lá, é daqui.
Onde a gente senta, toma um café e fala, fala, e fala sem parar... é de quinta-feira é muito bom.
Cadenciando nem que seja um rock'n'roll, só queremos curtir o bom e velho som dos nossos copos, do nosso isqueiro e aquela voz, que fala e fala sem deixar escapar a atenção do sol.. mansinho.
Esquece tudo e curte.. é quinta-feira na cidade luz.

domingo, 12 de outubro de 2008

Luzes, vida.. ação


Quando as cortinas do palco se movem pro lado, a gente sente a vida toda mudando.

A vida da gente é ou não é um palco? Escorregadio, seco, as vezes com luzes outras vezes com gente..

Enfim, é uma loucura a gente sabe que uma hora acaba o espetáculo.


Às vezes rola o maior drama, faz censura, corta o que pesem.. é insano o processo de criação, uma vida para várias outras.
É ação de teatro. Somos atores do que vivemos a cada dia.. eu já nems ei mais em que texto parei.
Falei, sei lá, acho que esqueci a fala.. a cortina balança e eu já não tenho amis tempo de errar. Agora vou lá, subo no palco e pronto! Minha história por si está contada.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Enquanto dure

A família e a fé que nela insistimos.
Que em tardes de outono, estejam cinza os cabelos grisalhos da maturidade e dourados os cabelos dos anjos.
Sangue de prata à sabedoria dos que passaram por tanto nesta vida.
Façam viagens comprovando aqui na Terra o que sabem sobre o mundo, fundem nações, escrevam livros.. Passem por nós.
Em despedida, duravam pouco para representar aquilo que vivenciaram. Eles amadurecem como árvores, deixando raízes fortes e frutos distintos.
Na natureza não existe nada igual.
Eternos são contemporâneos, vivos ou não, que essa confiança perdure para sempre.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

A nossa família



eu e você, juntos e a construção do mundo nosso.

De parede de chão e de sopros quentinhos no meu pescoço e no seu.

Maravilhas a dois. Que luar bonito, numa estrela vejo teu reflexo.

Cama macia, os pequenos sabores do café que eu te trago.

A família que dedico ao teu espaço. Um coração mais dois mais três.

Somos juntos o que pulsa as nossas veias.

Teu sangue e o meu.

O nosso carro na porta, e tudo aquilo que compramos em dois nomes, com

entrada e prestação. Sem medo de ser feliz.

Aquele lençol do dia do nosso casamento, que vergonha, a vizinha deve achar que

é um trapinho.. mas pra nós tem tanta história ali nos fiozinhos..

Delícia esse almoço que você trouxe hoje. É restaurante novo?

Ah.. tá, já me esqueci, seu chefe te promoveu!!! Vamos enriquecer juntos.

Nem precisa ser de grana, basta o carinho.. pagando a conta do tele

fone, pra mim já deu legal!

Quer outra taça de vinho? A gente brinda o nosso primeiro filho.

Quer cama quentinha no inverno.. só na nossa casa tem.

Quintal florido, copo descartável no aniversário.. somos presentes.

Nós e a família que criamos todos os dias quando somos felizes.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Francisco


Era o nome do meu avô.

Acho lindo o nome.

Acho clássico, bonito de homenagear.

É o mês dele, no final do mês, e aí começa um novo.
Pois é mês de festa.
Acho especial a fé, um nome pra chamar nas horas de aflição de dor e agradecimento.
Ter motivos pra clamar, as mãos abertas só recebem a benção do amor.
Nome de gente que se foi. Se vem vindo algum menino, põe nele, o nome de Francisco.
Lindo nome. Lindo gesto.