sábado, 13 de setembro de 2008

Coração Nacional


Não é preciso ser sete de setembro.
As cores estão ali, seja dia ou noite em tons desbotados somos mais de mil ambulantes. Ambulando pelos cantos do coração.
Ele bate mais de cem pratos na mesa por metro quadrado. São muitos metros de fome e beleza mesclada.

O coração verde e amarelo. Pintura de criança. Felicidade de copa do mundo.
Habitantes e torcedores, todos levados na fé de suportar rojões de explosão momentânea. Aquece o coração mas apodrece os ouvidos, naquelas musiquinhas enfadonhas de eleição.. prefiro o hino, durante os jogos.

Um investimento em bandeirinhas, daquelas do colégio de muro pintado com animais em camisetas da seleção.

Futebol, palavra americana em conciência nacional. Fulgaz devaneios nacionalistas.

Somos pátria mãe, gentil somente em casos de ceder o lugar

aos mais velhos ou grávidas.

Brasileiros, somos todos iguais, mesma situação maquiada pelas cores: verde e amarelo.
Mas não pintem nossos rostos. Pintem nossos corações, de cidades sujas, abandonadas, esquecidas pelo desprezo. Nosso coração central, que não é alimentado mais de bola e gramado.

Você é verde. Eu sou amarelo. O céu todo que nos cobre é azul.

Somos irmãos e filhos de uma mesma mãe. Língua-mãe. Terra-mãe. Somos quem mesmo nos pariu.. somos dele.

Somos pátria.

Amada. Brasil

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