sábado, 27 de setembro de 2008

VícioS

Sangue que corre quente, queimando perto dos olhos, o sentido.

Suando frio. Fala baixa e com saliva explosiva que sai da boca.

Sai da nuca, o desejo de cálculo, minutos sem dor e prazer infinito.

Sempre atento, os olhos quase em chamas sobre a fala mansa.

Sangue quente. Fúria úmida de mãos geladas.

Sobe o cérebro, frases, frames, conta-gotas de pensamentos.

Simultâneo, som, sangue e saliva. Somos viciados nessa batida: pulsa-pulsa-pulsa, do nosso coração frágil, da nossa mente doentia, do nosso cachorro latindo sem parar na varanda, vamos voar esta noite?

Só nós...

Sangrando, estamos sangrando.

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