Sangue que corre quente, queimando perto dos olhos, o sentido.
Suando frio. Fala baixa e com saliva explosiva que sai da boca.
Sai da nuca, o desejo de cálculo, minutos sem dor e prazer infinito.
Sempre atento, os olhos quase em chamas sobre a fala mansa.
Sangue quente. Fúria úmida de mãos geladas.
Sobe o cérebro, frases, frames, conta-gotas de pensamentos.

Simultâneo, som, sangue e saliva. Somos viciados nessa batida: pulsa-pulsa-pulsa, do nosso coração frágil, da nossa mente doentia, do nosso cachorro latindo sem parar na varanda, vamos voar esta noite?
Só nós...
Sangrando, estamos sangrando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário